quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ágape

"Estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade. A ação traz traz uma reação. Infelizmente, não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de expectativas.
Oque o outro pode me proporcionar?
Que ganho haverei de ter ao ir a tal evento?
Quem é fulano?
O que ele faz?
É filho de quem?
Tempos em que os adornos valem mais do que o essencial.
Tristes tempos.
As amizades interesseiras tem prazo de validade.
As relações são inconsistentes. É comum em um circulo de amigos,cada qual falar de si mesmo como um hobby. Uma geração narcisista.
O pronome mais utilizado é o de primeira pessoa: "EU".
Tristes tempos, repito.
Tempos de escasses de atitudes de misericórdia - descartar uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação.
Falta estima pelo ser humano.
Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa.
Quanto mais se tem, mais se deseja e, quando não se tem, o desejo também faz questão de ficar.
Falta um sonho de vida e sobram angústias pelas ausências desse sonho."



Trecho escrito por Gabriel Chalita
livro Ágape
Padre Marcelo Rossi

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