quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Passagem

Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir. Dormir porque o mundo dos sonhos é melhor, porque meus desejos valem de algo, dormir porque não há tormentos enquanto sonho, e eu posso tornar tudo realidade.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O silêncio as vezes cai bem.

O silêncio é música

 por Sérgio Leandro

Por definição, o Silêncio é a ausência total ou relativa de sons audíveis
Vivemos em um mundo cada vez mais barulhento em todos os sentidos. Somos bombardeados pelos sons urbanos, ruídos indesejáveis, conversas inoportunas, gritos, máquinas, e muitos mais. Inevitáveis sons que não controlamos porque a audição é um sentido incontrolável. Se eu não quiser ver, fecho os olhos. Se não quiser sentir o gosto de alguma coisa, fecho a boca, mas, bloquear totalmente os ouvidos é mais complicado. Haja tampão…
Nestas horas, partimos quase sempre para um plano B bem eficaz; a troca do som externo pouco interessante por um player qualquer acoplado a headphones. Ah! Santo alívio! Nesta hora nos tornamos donos da nossa audição, podemos selecionar o quê ouviremos, o volume desejado, alinhar o nosso momento ao que será ouvido, enfim, nos tornamos independentes do mundo exterior e ficamos senhores de nossa audição, graças à tecnologia.
Porém, há momentos em que não queremos escutar nada, absolutamente nada… Por diversas razões – e aqui me arrisco a duvidar de cada um que lê este texto se já não sentiu esta necessidade – o silêncio torna pura e bela a música para nossos pobres ouvidos. Vira uma completa sinfonia harmoniosa que nos relaxa e acalma como se fosse um mergulho ao nosso próprio interior onde podemos sentir o coração bater, a nossa respiração, o pulsar do sangue em nossas veias, é um momento de encontro com nosso próprio ser. Quem o diga os terapeutas que usam e abusam destas técnicas.
É desconectar, desplugar do mundo real e viajar no vazio, no espaço etéreo do silêncio exterior. Minutos parecem horas, uma fração de tempo ao não escutar nada nos dá tanto ou mais prazer que a melhor música imaginável poderia nos fornecer. E é tão bom não ter ninguém “buzinando” em nossos ouvidos, esquecer aquela voz chata e inevitável de ouvi-la, não ter que escutar um papo bobo, uma reclamação, um ruído… O silêncio é bom e terapêutico.
Discordo de um filósofo que diz: “Há algo de ameaçador num silêncio prolongado”. O silêncio não é assustador, é sábio. É muito melhor não dizer palavras das quais nos arrependeremos mais tarde do que ficarmos em silêncio e aproveitarmos o tempo para pensar melhor no que possivelmente seria dito no calor da hora, da desavença, do descontrole. Saber se calar é uma arte e a boca pune quem tudo diz, e geralmente quem tudo diz não gosta de escutar tudo o que lhe é dito.

Portanto, o silêncio ensina, acrescenta, faz crescer, melhora o raciocínio, acalma o coração e faz pensar. Em sua essência, o silêncio é música pura.

sábado, 26 de outubro de 2013


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Espelho, espelho meu.

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida... 

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

(Luis Fernando Veríssimo)

Clarice Lispector

 
“E o mundo a me exigir decisões para as quais não estou preparada. Decisões não só a respeito de provocar o nascimento de fatos mas também decisões sobre a melhor forma de se ser.”

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Como reconhecer uma mulher marcante

Por.:Nathali Macedo
A verdade é que se pode reconhecer uma mulher marcante há quilômetros de distância. Sem precisar sentir o perfume forte ou ver o batom vermelho. A mulher marcante dispensa acessórios, é completa em si mesma. Não precisa anunciar-se, por que tem o dom de não passar despercebida. A mulher marcante nunca pretende incomodar, não gosta de provocar a inveja alheia. Um olhar de despeito não torna o seu dia mais alegre, pelo contrário, lhe é indiferente. A mulher marcante sabe bem do seu poder, por isso consegue admirar tranquilamente a beleza alheia, elogiar a grandeza de outrem sem sentir-se diminuída. Vez ou outra ela sai bem vestida e bem maquiada, mas por trás daquilo tudo ainda exala um aroma de naturalidade que encanta. Cultua a beleza porque gosta, mas definitivamente não precisa. A sensualidade está presente, mas não se pode dizer de onde ela vem.
A mulher marcante é, sobretudo, sutil. Ela não grita aos quatro ventos a própria virtude, ela não precisa humilhar outras mulheres ou provocar os ex-namorados. Ela realmente faz toda a diferença. Ela sabe ser dispensada com um ar sensato que faz qualquer galã sentir-se um babaca. Ninguém jamais a abandona sem que se arrependa amargamente pelo resto da vida, e ela guarda um encanto que não deixa espaço pra críticas maldosas. Ela é do tipo que não quebra promessas e não omite os próprios defeitos. Ela se aceita e nunca se desculpa por ser quem ela é. Ela compreende a efemeridade das coisas e das pessoas, mas se recusa terminantemente a ser efêmera. E não poderia ser, mesmo que quisesse, porque ela sempre vem pra ficar. Mesmo depois que vai embora, de alguma forma ela fica, porque é do tipo de mulher que não precisa se fazer presente para ser lembrada.
A mulher verdadeiramente marcante nunca se diz melhor que as outras, embora em muitos aspectos ela seja. Ela guarda os seios bem guardados numa blusinha discreta, em vez de espremê-los num sutiã menor que o seu manequim.
A mulher marcante não se importa de ter gostos peculiares. Ela não segue tendências, mas também não persegue a originalidade a todo custo. Ela não tem vergonha (e nem orgulho) de dizer que gosta do que ninguém gosta, ou que gosta do que todo mundo gosta. A opinião alheia nunca é um problema para ela, porque, verdadeiramente, ela se basta. Sem petulância e sem egoísmo, ela se basta. E por isso mesmo ela não sente necessidade de falar de si mesma, quase nunca.
Esse tipo de mulher sofre constantemente com a inveja alheia, embora, na maioria das vezes, sequer se dê conta. Ela se ocupa em tornar-se alguém melhor e superar os próprios limites, ela gosta tanto de distribuir bons sentimentos que os sentimentos ruins passam despercebidos diante de seus olhos. E isso a torna, de certo modo, inatingível. Embora não queira e não precise incomodar, ela incomoda. E muito. Desperta, na verdade, uma enorme curiosidade em torno do que a faz tão atraente. Pouca gente entende. Não se sabe qual é o traço que chama tanta atenção, ninguém consegue identificar a virtude que a torna tão marcante. Mulheres marcantes são, sobretudo, raras.
É curioso: Quanto mais ela se esconde, mais evidente fica. Quanto mais neutra busca ser, mais marcante se torna. Leveza é o seu sobrenome, mas a sua presença pesa como nenhuma outra.
 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Não há coração que resista

(...)
Como? O jeito, meu caro, é um só: divirta-se tanto quanto possível! Ria de si mesmo, de sua impaciência e de sua chatice! Relaxe e diga-se algo como 'cara, não acredito que você está esbravejando de novo! Vamos dar um jeito nisso, e é agora!' Observe sua raiva e seu mau-humor e dê um "chega pra lá" nessa armadilha!

Foque no que tem de bom! Foque na solução. Foque no seu objetivo de vida. Porque ele é certamente algo bem mais interessante do que desperdiçar dia após dia de sua brilhante história mergulhado na ilusão de que é possível chegar à perfeição! Não é! Pode apostar que não é! Porque, no final das contas, não há coração que aguente, literalmente, uma vida sem risos, sem emoção. Uma relação onde detalhes fantásticos e mágicos de um encontro de amor não encontrem espaço para iluminar a alma.

E sendo assim, está tudo certo! Porque felizmente ainda nos resta 'a beleza de ser um eterno aprendiz', como tão maravilhosamente cantou Gonzaguinha! Que sejamos chamados de bregas! Mas que jamais -jamais!- nos conformemos com a crença de que a vida é dura, triste e difícil. 'Viver e não ter a vergonha de ser feliz... Cantar e cantar e cantar...'!

(Rosana Braga)