quinta-feira, 14 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
O amor é....
por Hugo Rodrigues
O amor é a alegria em meio ao caos. Amor é deitar morrendo de sono,
afastando o mundo inteiro, mas levantar quando o celular treme e você
sabe que é uma SMS da pessoa amada. Amor faz o sono passar, faz o
sorriso brilhar e se espalhar pelo mundo. O amor um vírus benéfico e sem
cura. O amor invade qualquer coração desligado, até aqueles turrões que
juram ser mais fechados do que cofres dos cassinos de Las Vegas.
Amor não é só andar de mãos dadas, mas andar no colo também. Amor é
um conjunto de beijos calorosos e mordidas provocantes. Amor é abraços
apertados e beliscões irritadiços. É brincar de guerra de travesseiro,
empurrar dentro do mar e implicar com a barriga alheia. Amor é morrer de
rir ironicamente só para irritar o outro. Amor reúne palavras doces e
xingamentos sarcásticos. Amor é namorado, melhor amigo, pai e avô. Amor é
irmão mais novo chato e irmão mais velho ciumento.
Amor é ter uma cama de casal enorme e acordar espremido no sofá
enquanto via um filme qualquer na TV. Amor é ler o jornal e separar o
Segundo Caderno para ela e a parte dos esportes para ele. Amor é
descobrir que não existe o tempo. Uma hora juntos equivale a um segundo.
Um segundo longe é como sete dias sombrios e arrastados. Amor não é
tempo. Pelo contrário, amor é nem ver o tempo passar.
Amor é ver que a ligação deu caixa-postal e se preocupar como uma mãe
solteira. Pode ter sido assaltada, sequestrada ou sei lá o quê. Mas o
principal, amor é ter confiança para saber que celular desligado e
traição não possuem nada em comum. Aliás, no dicionário do amor, traição
só aparece na parte “não-amor”.
Amor é jogar video-game, enquanto o outro estuda. Ou estudar juntos.
Ou jogar juntos. Amor é encaixe como legos perfeitos. Amor é tomar banho
juntos porque acordaram atrasados. Ou simplesmente pelo prazer de lavar
as costas um do outro. Amor é reclamar da barba que irrita o queixo e
dos fios de cabelo que sobrevoam o rosto durante a noite enquanto
tentavam dormir de conchinha.
Quando o “com quem” é mais importante que o “aonde”, é amor.
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